quinta-feira, 27 de junho de 2024

Certas Dúvidas

 

"A dúvida já é a resposta."

Um dos piores sentimentos que um ser humano pode experimentar é a dúvida, pois não saber se um fato é ou não verdade pode tirar a paz e a alegria de qualquer um. Muitas vezes pode-se acreditar que algo não é uma verdade e isso não incomoda muito. O problema é quando tudo é negado. Negado veementemente, sendo que todas as pistas levam a crer que é a mais pura e simples verdade. Mas e se não for? E se não for e você condenar alguém por algo que não fez? Como fica a sua consciência? Mas e se, de fato, for verdade? São essas perguntas e talvez respostas que insistem em ir e vir em devaneios tolos a me torturar, como diz a magistral letra da música. Simplesmente não consigo escrever uma linha sem que pensamentos insanos povoem a minha cabeça e então começo a me questionar se realmente foi uma decisão sábia. Sim, pode-se perdoar, mas esquecer jamais. Esquecer que não estava nem aí e que os desejos mais mórbidos foram realizados pelo bel prazer é outra história. Mas o que realmente destrói qualquer plano são as famigeradas dúvidas. As dúvidas em não saber, ou mesmo saber e fingir que não se sabe. Mas fingir pra quê? De que adianta fingir para que todos pensem que está tudo bem, se por dentro não está? Já foi época de fingir... Fingir que está tudo bem... Fingir que não se incomoda (e se importa) com nada. Fingir que o "foda-se" está ligado e que tudo vai ficar bem, sendo que não vai. Tudo não vai ficar bom e, mais uma vezes, teremos que carregar o peso por um longo tempo.

Cortez, The Killler

 


Hoje vou escrever um pouco sobre uma música que recentemente me chamou muita atenção. Quero dizer, eu já conhecia (principalmente esta versão) já faz algum tempo, quando morava na República do Rock... Pois bem, a música dá o título a esse post: Cortez, The Killer e foi escrita por Neil Yong. Antes de conhecer a versão original, eu ouvi primeiro essa versão do fantástico concerto de Dave Matthews no Central Park. E a participação de Warren Haynes do Gov't Mule fez toda a diferença. Foi por causa dessa performance que fui buscar mais informações sobre Cortez, The Killer e foi aí que fiquei mais encantado e curioso pelo trabalho.
Foi gravada em 1975 no álbum Zuma e é uma música polêmica. Sim, bem polêmica ao ponto de ter sido proibida de tocar na Espanha pelo general Francisco Franco. A música é uma crítica massacrante ao conquistador espanhol Hernán Cortés - a grafia do título da música foi propositalmente anglicizada e alterada para tentar passar uma certa diferença. A música narra a destruição do império Asteca de Moctezuma II pelo conquistador. Neil revelou que a música foi escrita enquanto estudava história no colégio em Winnipeg. Depois de conhecer a verdadeira história, ficou horrorizado e resolveu escrever a música. Através de uma linguagem poética, Young descreve a sociedade pré-colombiana como um lugar de beleza e harmonia, onde o ódio era apenas uma lenda e a guerra desconhecida, sugerindo uma visão utópica da civilização antes da chegada dos europeus. 
A música também reconhece a brutalidade da conquista, simbolizada pela figura de Cortez, que é descrito como um "assassino". A contraposição entre a sociedade idealizada e a realidade da conquista serve para questionar os custos da expansão e do progresso. A referência ao trabalho coletivo dos povos nativos, que construíram com as próprias mãos o que ainda hoje não conseguimos replicar, destaca a perda de conhecimento e cultura que acompanhou a colonização.

Segue a letra já devidamente traduzida!

Ele veio dançando sobre as águas
He came dancing across the water

Com seus galeões e armas
With his galleons and guns

Procurando pelo novo mundo
Looking for the new world

Naquele palácio sob o sol.
In that palace in the sun.

Na costa estava Montezuma
On the shore lay Montezuma

Com suas folhas de coca e suas pérolas
With his coca leaves and pearls

Em seus salões, ele se perguntava
In his halls he often wondered

Sobre os segredos dos mundos.
With the secrets of the worlds.

E seus súditos se reuniram ao seu redor
And his subjects gathered 'round him

Como as folhas ao redor de uma árvore
Like the leaves around a tree

Em suas roupas de muitas cores
In their clothes of many colors

Sob os olhares dos deuses raivosos.
For the angry gods to see.

E todas as mulheres eram lindas
And the women all were beautiful

E os homens eram fortes e valentes
And the men stood straight and strong

Ofereceram a vida em sacrifício
They offered life in sacrifice

Para que outras pessoas pudessem ir em frente.
So that others could go on.

Ódio era apenas lenda
Hate was just a legend

E a guerra nem mesmo existia
And war was never known

As pessoas trabalhavam juntas
The people worked together

E ergueram muitas pedras.
And they lifted many stones.

Levaram-os para as planícies
They carried them to the flatlands

E eles morreram ao longo do caminho
And they died along the way

Mas eles construíram com as próprias mãos
But they built up with their bare hands

O que nós ainda hoje não podemos fazer.
What we still can't do today.

E eu sei que lá ela ainda mora
And I know she's living there

E que até hoje ela me ama
And she loves me to this day

Só não me lembro quando
I still can't remember when

Ou como eu me perdi.
Or how I lost my way.

Ele veio dançando sobre as águas
He came dancing across the water

Cortez, Cortez
Cortez, Cortez

Mas que assassino.
What a killer

Segue um link para o disco no Spotify
https://open.spotify.com/intl-pt/album/2co5OjRsDVUpHxlckn7dWZ?si=5BmhtizWROmkVnjge-Z4-A



Cansaço Viver

 
Estou cansado demais de viver minha vida pra ficar correndo atrás de outras...
Talvez eu sempre tenha sido assim, como um dia escrevi, apenas prevendo o que eu já sabia que iria acontecer!


 Estou cansado. Sim, cansado de seguir, cansado para caminhar, cansado de brigar. Estou simplesmente  deixando as coisas acontecerem, a vida ir acontecendo e eu apenas existindo. Não sinto mais vontade para nada, absolutamente nada. Sabe, como dizem os pugilistas, pendurei as luvas. Sim, isso mesmo. Ainda trabalho porque tenho contas (muitas) para pagar e caso não as pague a coisa pode ficar pior. Por isso que ainda uso uma pequena barrinha da bateria para trabalhar. Mas chegará um momento que nem isso. E olha que eu adoro o que faço. Jamais, em toda a minha vida, eu fiz o que faço por dinheiro. Dinheiro sempre foi consequência do bom trabalho. Só que nem isso mais me anima. Trabalhar pra quê? Para pagar as minhas necessidades? Para andar de carro novo? Pra quê? Sim, eu me questiono direto dos motivo que ainda me levam a fazer algo e quase sempre não acho respostas. Bom, de qualquer forma, estou cansado., Muito cansado, de tudo e de todos!


Obs.: resolvi escrever novamente nesse abandonado blog porque esses tempos atrás eu dei uma "passeada" pelas posts aqui de Noites e pude relembrar muita coisa boa (e também triste)! Isso aqui parece um diário, onde depois podemos passear pelas páginas e reviver novamente certos momentos. E é o que vai ficar da minha vida, até o Google deletar minha conta ou a mesma se perder no limbo dos bits e bytes. Mas, enquanto isso não acontece, pode ser que no futuro eu use essas má digitadas linhas como experiência!