sexta-feira, 12 de março de 2010

Sem Celular


De forma alguma posso deixar de comentar de alguém que conheci ontem a noite na faculdade. Mais uma vez, não posso citar nomes e locais, por que não tenho dinheiro para proferir: “Chama o jurídico!” Pois bem, estava eu me dirigindo para o laboratório de informática onde ministraria (não dou, ministro) aulas de programação quando fui chamado por um professor nas escadas:
- Adilson! Quero que você conheça uma pessoa!
Virou-se para o lado e disse:
- Fulano, por favor. Queira conhece aqui o professor Adilson!
Um rapaz aparentemente normal, de 20 anos, estudante de Engenharia Eletrônica se aproximou e me cumprimentou! Sem entender nada, cumprimentei o rapaz e fiquei olhando para o outro professor. Foi quando ele disse:
- Adilson, acredite se você quiser, mas esse cara simplesmente não tem celular!
Pára tudo!!! Pára! Como é que é? Um rapaz de 20 anos, em pleno século das comunicações, onde os sites de relacionamentos e msn’s da vida pipocam por aí e uma rede e contatos é algo fundamental e você simplesmente não tem celular? Peraí… Você não tem por que não pode ter ($) ou por que não tem mesmo? A resposta:
- Eu não tenho celular porque não gosto de celular e também por que não preciso ter!
Certo, até aí eu entendo. Você não tem por que não precisa! Mas como é que as pessoas te acham? Como você mantém contato?
- Ligam para a minha casa! Se não estou, deixam recado e eu retorno a ligação, quando puder!
Devo dizer que por alguns momentos tive um pouco de inveja daquele rapaz. Me lembrei de quantas vezes fui (e sou) pertubado quando estou programando, ou mesmo quando acordo com a insistente chamada nos meus ouvidos, enfim, de diversos momentos que fui literalmente atrapalhado. Tá, eu sei, já teve momentos que ele foi fundamental, mas foram tão poucos! Se eu for fazer um placar, acho que ficaria assim: Utilidade 2 x 60 Besteira!
Bom, disse ao rapaz que me bateu um pouco de inveja dele e saí para o laboratório! E mais uma vez me pus a pensar que, há uns 15 anos atrás, ninguém tinha celular e nem por isso deixávamos de curtir coisas boas ou de falar com as pessoas. Você conseguia encontrar sim seus amigos e ninguém morria pela falta de um. Hoje, se você sai de casa e esquece o celular, é uma paranóia só! Lembro que li (ou assistir) uma reportagem de uma pesquisa que fizeram na Inglaterra e perguntaram as pessoas se elas preferiam esquecer a carteira ou o celular em casa? 90% respondem que preferiam esquecer a carteira do que o celular. E depois perguntaram se preferiam perder a carteira com 500 libras ou perder o celular? Mais uma vez, cerca de 90% das pessoas entrevistadas optaram por perder a carteira. Pois é, com tanto alarde  e bafafá envolvendo telefones móveis e tecnologias eu conheço alguém que simplesmente pode se dar ao luxo de não ter um e também não vê problema nenhum em não ter! Alguém que não tá nem aí se a Apple vai lançar um iPhone novo ou se o Google lançou ou não o Nexus One ou se a Motorola vai conseguir sair do buraco com o Milestone ou mesmo se a Microsoft vai entrar no jogo com o Windows Phone! Alguém que não sabe o que é ser atendido por uma atendente que não sabe absolutamente nada de uma Vivo, Claro, Tim ou Oi da vida para tentar resolver o problema de uma cobrança indevida. Alguém que não fica preocupado quando a bateria chega no último “pauzinho” e não tem uma tomada (ou um carregador) por perto! É… Estou olhando para o meu iPhone aqui do meu lado agora com outros olhos! Acho que vou fazer um teste: vou experimentar ficar um mês sem telefone para ver qual é! Vou fazer isso sim e depois conto aqui como foi!

1 comentários:

Mônica Moreira disse...

Mas você hein????!!!! Nem postou a data do texto para não ser cobrado pelos 30 dias sem celular... rsrsrs. Fala sério, foi coincidência ou de sacanagem mesmo???!!!