segunda-feira, 28 de março de 2011

A Dúvida

Numa dessas madrugadas deprimentes de domingo, passeando pelos canais da TV por assinatura, acabei assistindo a um filme chamado Dúvida. O filme conta a história de um padre que é acusado de pedofilia numa rígida escola católica nos EUA.




  Porém, não se sabe ao certo se houve ou não o tal crime. O filme mostra o lado do padre e também o lado de uma freira que desconfia e o acusa de tal ato, mesmo não tendo nenhum tipo de prova e baseando-se apenas, como disse ela, na sua “vivência”. Bom, o que me chamou a atenção neste filme, além do sermão envolvendo intolerância e fofoca (o lançe do travesseiro de penas) foi um comentário do padre com uma irmã que era professora na escola. Ele disse:
- Durante a nossa vida, em algum momento, todos ficamos perdidos. Isso é natural.
Esse comentário me fez ficar pensativo acerca das casualidades da vida. É incrível como que, em certos momento, estamos indo para o sul e subitamente em outro, estamos a caminho do norte e todos aqueles conceitos que achávamos certos (ou errados) também mudam e começamos a enxergar tudo de outra maneira. O problema é que muitos ficam perdidos nessas mudanças. Ficam sem saber se o caminho que estavam a percorrer antes era o certo, ou o errado e se o novo caminho é, de fato, aquilo que se quer, ou pelo menos o que acha-se que se quer. Ficam sem saber se aquelas filosofias que defendiam com tanto afinco eram mesmo corretas ou se aquilo que se criticava tanto estava mesmo errado. Se estas mudanças são boas ou ruíns, isso vai de cada um, porque a vida de cada pessoa nesse enlouquecido planeta é singular. Porém, uma coisa é certa: “Deve-se aproveitar e tirar o máximo possível de experiências desses momentos, sejam eles bons ou ruíns!”
Portanto, acredito que estou passando pelo meu momento!


quarta-feira, 23 de março de 2011

A Fita de Cetim




Ontem a noite, arrumando meu guarda-roupa para acomodar algumas novas peças que adquiri para o inverno, encontrei uma fita de cetim, misturada a algumas velhas camisas. Essa fita me remeteu a um passado bem remoto e alguns acontecimentos desfilaram pela minha cabeça, como num filme. Não sei por qual motivo, mas na época eu não me desfiz dessa fita por alguma razão e agora, depois de um algum tempo, não consigo me recordar o porque! E então… E então, mesmo com um sentimento meio que indefinido no peito e na cabeça eu joguei aquela fita fora no lixo e junto foi-se também um monte de coisa. Se são coisas boas ou ruíns, agora não importa mais. O que importa é que junto com aquela fita foi jogado fora algo que talvez tenha sido importante. E isso que estava lá está dando lugar a algo novo, que está chegando. Como no guarda-roupa, que agora tem mais espaço para novas peças, que terão novas histórias… E talvez no futuro essas novas peças e essa nova história possa ser deixada lá, para ser bem cuidada. Mesmo sendo velha, poderei vir a ter orgulho de ter comigo. Acredito que esse seja um dos sentidos da vida. Tá… Eu sei… Mais uma viagem… Talvez em outro dia eu explique melhor esta história! Nesse momento a fita já deve estar em algum lixão da cidade! De repente é o lugar dela mesmo… Ou não… Ah! Vai saber!