quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fizeram-nos Acreditar

Não nos contaram que o amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram-nos acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém na nossa vida merece carregar às costas a responsabilidade de completar o que nos falta.
Nós crescemos através de nós mesmos. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram-nos acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram-nos acreditar que o casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram-nos acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram-nos acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que essas fórmulas não dão certo, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não nos contaram que ninguém nos vai dizer isso.
Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando estiveres muito apaixonado por ti mesmo, vais poder ser muito feliz e apaixonares-te por alguém.
John Lennon
Fizeram-nos acreditar que amor mesmo, amor a sério, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Ps.: Achei esse texto por aí… Navegando… Não sei se o autor é mesmo John Lennon mas, de qualquer forma, deixei os créditos como os achei! Não tive como não publicá-lo aqui!

4 comentários:

Anônimo disse...

HUm, isso gera um pensamento inquietante..Se somos auto sufucientes, porque precisamos de prazeres sorrateiros, como drogas, amigos, cigarros, mulheres e tantas outras coisas que supostamente nos completam?

Adilson B. Cápua Jr. disse...

Sim, isso realmente é algo inquietante... Também me ponho a pensar porque precisamos de certas coisas em nossas vidas? Mas com o tempo, vamos descobrindo que às vezes não precisamos e, se de fato faz falta, aprendemos a viver sem mesmo! Não sei se o Sr. ou a Sra. do comentário anônimo vai voltar aqui, mas se voltar e quiser continuar a conversa, por favor, sinta-se a vontade! ;) Abração!

Anônimo disse...

Pérai entao, se sou auto suficiente, isso faz de mim um eremita? Isso remete a outras perguntas. Qual seria entao o fundamento da criação, ou evolução pra quem acredita. Qual seria a graça de sermos criados ( ou evoluidos do macaco) e nao pegarmos as xitas e fazermoso macaquinhos? Passaria a nao ter mais graça conjugar os verbos SER, ESTAR, TER E HAVER.

Adilson B. Cápua Jr. disse...

Veja bem... Ser auto-suficiente não quer dizer que você não precise de cia! Sim, muitas vezes precisamos ter amigos e parentes nos cercando. O que eu disse é que, quando não se tem, você acaba se acostumando. É simples assim! Chegamos sozinhos e partimos sozinhos. E qualquer coisa que aconteça nessa intervalo que possa nos dar a ilusão que não estamos sós, então nos agarramos a ela. Quanto a questão da evolução, não entendi direito a sua colocação. E a graça dos verbos que você citou estão mais em QUEM os conjuga do que neles mesmos. Portanto, se você pode conjugá-los, conjugue-os. Em todos os tempos possíveis! Se não pode... Bem, então admire quem possa! Mas a ideia do texto de Lennon (não sei se é dele mesmo), é que você sim pode viver só e ser(?) feliz. Ser apaixonado por você! E então, se você se amar mesmo, então poderá dar um pouco desse amor a outra pessoa... Ou não! Isso foi o que pelo menos eu entendi! Grande abraço e mais uma vez obrigado pela visita ao blogger!